Saiu ontem a notícia que o governo do Estado vai lançar um concurso pra modernizar a rodoviária de Porto Alegre. Ela não vai mudar de local (burrice extrema do governo, segundo eles decisão tomada em função da opinião da população, hein?!), o afunilamento do trânsito ali vai ser resolvido com mais um viaduto, pra enfeiar a cidade e empurrar com a barriga o problema pra uma próxima vez, quem sabe daqui 20 anos a gente volta a pensar sobre a melhor solução?
As prioridades são louváveis: o bem estar do usuário e a conexão com a hidrovia, trensurb, novo metro e futura ciclovia. Também se exige que o estudo seja compatível com o fluxo de caixa da rodoviária, compreendo e concordo, agora, o secretário de Infraestrutura e Logística do RS, Beto Albuquerque dizer que: "O processo licitatório não deixa espaços para pirotecnias, sendo que o concorrente deverá concentrar sua proposta em algo viável, que dialogue com a arrecadação da estação" - me poupe. Isso se traduz pra mim como: o bom design, a arquitetura e as propostas inovadoras serão banidas com a desculpa de que não temos dinheiro, pirotecnia pra quem meu caro? Significa o que esta frase? Significa que se não chover dentro da rodoviária, ok, com a feiura a gente convive. EU ACREDITO (ainda) que sem desvio de verbas ou erros de orçamentação se pode fazer um projeto ótimo para o usuário, incluindo aí funcionalidade e design, dentro da verba. Porque iniciar o processo já podando o diferencial?
Esperemos o edital que sai dia 30 de julho, mas já com as esperanças contidas...
Via Sul 21 e Governo RS
Fotos: Ramiro Furquim e Porto imagem
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